sexta-feira, 16 de julho de 2010

E desde a primeira vez...

em que te vi, eu senti que não ia ficar só naquele negócio de conhecidos. Eu sempre soube que passaria pra algo além. É por essa razão, que desde a primeira vez que te vi tentei ser o mais grossa possível, pra justamente você não se aproximar, muito menos gostar de mim e que esse sentimento não fosse recíproco. Foi então que eu deixei minhas garras bem afiadas, meus pés prontos pra te darem coices, assim quem sabe você percebia que não deveria continuar nessa relação que ainda não saiu de apenas conhecidos.
Mas você foi chegando de mansinho, meio que com medo, mas ao mesmo tempo com vontade de saber no que isso iria dar - como um gato que tem medo de água, mas se arrisca a ir bem na beira do rio, só para provar um pouco da água - e pronto... aqui estamos nós! Na verdade, acredito que não seria certo dizer nós, e sim eu, aqui estou eu. Mais uma vez fui acertada por essa merda de sentimento que já admiti a mim mesma que não combina comigo. Eu tento parar de pensar nisso, mas como sempre, no início é impossível. E o que é pior, você conseguiu me acertar em cheio, sem ao menos saber, acertou meu ponto fraco. Muito provavelmente você esteja aí numa boa, quem sabe até pensando "como eu sou demais, consegui 'beber desta água' muito mais fácil do que eu pensei que seria". E eu estou aqui, tentando desgrudar isso do meu cerébro, eu não quero que isso fique nem no subconsciente, quero que saia por completo. Justo agora que eu estava tão bem comigo mesma, tão "vivendo a vida na maior paz possível".
Não sabe o quanto eu não gosto disso e o que me acompanha nesse azar é um de meus maiores defeitos que é o de conseguir criar uma coisa que nem existe, tenho o terrível dom de te imaginar do meu gosto, do jeito que bem quero e ainda convenço a mim mesma que isso possa existir. Eu fico sonhando acordada com um futuro muito distante e isso me incomoda de verdade. Fico imaginando só nós dois, sentados no jardim da nossa futura casa, fazendo pic nic num final de dia - lá pelas 18:30, quando o sol já está baixando - e conversando sobre como foi nosso dia no trabalho, o quanto nos estressamos durante o dia. E depois de muito conversar, nos abraçamos - neste momento, até o cheiro do teu perfume depois de um banho eu consigo sentir - e pensamos que por hoje isso acabou, que agora temos um ao outro, que um irá suprir pelo cansaço do outro. E é ai que eu acordo, é ai que eu volto para a vida real, tomo consciência de que devo fincar os dois pés no chão e ficar por aqui mesmo.
Por favor, só irei te pedir uma coisa: se afaste de mim, eu não sou nada disso que você está vendo, quando quero sou extremamente má, má a ponto de fazer uma pessoa sofrer só para não me machucar, sem sentir um pingo de dó e eu não quero mesmo fazer isso com você, eu ter machucar você ao invés de mim. E não me venha com esse negócio de "se não quer, não faça", pois esse meu fazer é algo involuntário. Se me deixar, prometo não te procurar, deixarei você viver sua vida como você bem merece.

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