sexta-feira, 31 de julho de 2009

" Quando tá escuro..

... e ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar

Há uma luz no túnel
Dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar

Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar

Uma noite longa
Pra uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mais ainda sei me virar."

quinta-feira, 30 de julho de 2009

" Se lembra quando a gente...

... chegou um dia a acreditar, que tudo era pra sempre,
sem saber que o pra sempre, sempre acaba.
Mas nada
vai conseguir mudar o que ficou. Quando penso em alguém,
só penso em você. E aí, então, estamos bem. Mesmo com
tantos motivos pra deixar tudo como está, nem desistir,
nem tentar, agora tanto faz. Estamos indo de volta pra casa."

quarta-feira, 29 de julho de 2009

"Será que você sente...

... tudo o que eu sinto sinto por você?" (L)

terça-feira, 28 de julho de 2009

" Foi Deus ...

... que me entregou de presente você
Eu que sonhava um dia viver
Um grande amor assim
Foi Deus
Foi Deus
Numa oração que um dia eu pedi
Acorrentado em teus olhos me vi
Quando te vi pela primeira vez
Foi Deus
Que me entregou de presente você
No teu sorriso hoje eu quero viver
No teu abraço encontrei minha paz.
Valeu, ter esperado o tempo passar
Pra de uma vez meu amor entregar
E não sentir solidão nunca mais"

sábado, 25 de julho de 2009

" Queria não lembrar ao menos...

... o que meu coração conheceu
Que nada aconteceu todos esses anos.
Eu não sei dizer que eu não te amo! " (L)

"Sensível demais, ...

... eu sou um alguém, que chora, por qualquer lembrança de nós dois.
Sensível demais, você me deixou, e agora como dominar as emoções? "

" Não, eu não quero lembrar...

... eu não quero lembrar que eu vou acordar sabendo que
os meus olhos não vão te encontrar." (u)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O Homem Ideal

Ele existe, sim. E, graças a Deus, está muito longe da perfeição.O homem ideal me faz rir mas nunca usa o riso contra mim. Tem a rara habilidade de saber ouvir e só diz o que é necessário, bom ou a dura e intransponível realidade. Compreende a diferença entre estar presente e fazer companhia. Não é prolixo, nem tenta impressionar. Não precisa entender de vinho, charutos ou golfe; precisa ser autêntico e admitir que não entende de vinho, charutos nem de golfe (e eventualmente confessar que gosta mesmo é de pinga). Ele não exige a todo instante meu lado risonho porque sabe, como sabe de tantas outras coisas não ditas em sentenças ou discursos, que os dias negros fazem parte de mim.Nota as sutis alterações de humor pelo tom da minha voz e, antes de prejulgar as razões, se predispõe a fazer cafuné ou, sensato, cala-se ao meu lado olhando para a TV. E não exige explicações porque possui uma calma sabedoria que me impele em sua direção: dividir minhas angústias e anseios com este homem é tão acolhedor quanto deitar na grama sob o sol de outono. O homem ideal me dá bronca quando abuso da minha independência ou como chocolate demais e depois reclamo do peso. Ele compra sorvete light e evita discussões posteriores. Compreende que preciso da sensação indescritivelmente libertadora de sumir por algumas horas e, mesmo não concordando com ela, não me interroga como um oficial do DOI-Codi quando piso em casa, levemente para não o acordar, às 2 da manhã.O homem ideal canta. Não precisa ser afinado, mas sussurra (seja ao telefone ou ao vivo) canções que, num dia qualquer, mencionei gostar. Pode saber dançar. E, se não souber, que mantenha a dignidade e fique sentadinho me observando. Também bebe. Meio pinguço, é daqueles que ficam charmosos de matar com um copo de uísque nas mãos. É deliciosamente sacana três doses acima do normal. Enterra os bons modos e fecha abruptamente a porta do quarto, sem tempo para que eu responda à pergunta nem sequer formulada.Adormece aconchegado a mim, mas não suporta ficar agarrado durante toda a noite.E também curte cozinhar. Diverte-se tanto numa loja de condimentos como diante de uma prateleira de CDs. Não me expulsa da cozinha mesmo que eu esteja atrapalhando. Não me dá fusilli na boca mas o serve no meu prato, com pouco queijo e muito molho. O homem ideal está sempre disposto a me ouvir, mesmo que seja nos minutos desagendados à força durante o dia cheio, e não usa trabalho nem cansaço como desculpa para suas eventuais faltas; as assume e, até, se desculpa. Não se esquiva de discutir os problemas que não se solucionam com notas de 100. Não considera fraqueza dizer que me ama. Pede ajuda quando sente que o peso colocado sobre seus ombros extrapolou sua força. E chora. Não faz promessas porque sabe que nem sempre é possível cumpri-las. Vive regido por sua consciência e, impulsivo, assassina a etiqueta e comete atos passionais. Então faz besteiras, erra, engana-se. E nem por isso deixa de ser maravilhoso - apenas segue sendo magnífica e tropegamente humano.O homem ideal é imperfeito, numa imperfeição que combina exatamente com a minha.

  ­­    ­­  ­­    ­­  ­­    ­­  ­­    ­­  ­­    ­­  ­­    ­­  ­­    ­­  ­­    ­­  ­­ ­­­(Ailin Aleixo)